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  • 3 de abr. de 2011
    E, de repente, você percebe que seu passado é só passado, deixa-o guardado na memória sem que doa mais, e  no momento em que ele começa a criar mofo e surgir poeira, você começa a viver o presente e sonhar com o futuro.

    Mentiras

    16 de mar. de 2011
     Queria poder dizer que te esqueci e nunca mais escreverei uma única palavra sobre nós e sobre você. Queria dizer que já juntei meus cacos e superei, mas seria mentira, eu não te esqueci e minha única inspiração ainda é você.
    Queria dizer que choro todos os dias pensando em você e revivo aquele mísero toque  todo o tempo. Queria dizer que entro em pânico ao pensar que nunca mais verei você; mas também seria mentira. Eu já quase não choro, não reviro fotos e acontecimentos, e muito menos estou em pânico.
    A única verdade que me vem à cabeça é a frustração de saber que você deixou alguém jogar no lixo nossa história, me jogou no lixo como se nada tivesse acontecido. E me vem um único arrependimento: Eu não te disse ‘eu te amo’ pela última vez, e sei que nunca mais direi. 

    Nada

    Tudo bem que eu não fui tudo pra você, talvez nem tenha significado tanto assim, não faz mal admitir. Mas dizer que não foi nada, não significou nada pra você, seria no mínimo injusto. Dizer que você não me ama ou que não sente minha falta não é nada além de um choque de realidade. Saber é triste, mas não é como se eu não esperasse isso.
    Você disse sentir minha falta, e eu vi você sentir-se confortável em meus braços, também. E como você pode dizer que eu não fui nada? Você foi tudo pra mim um dia, e durante tanto tempo... Não consigo acreditar que tenha significado tão pouco. Eu aprendi tanto com você, por você e na sua ausência, que é inacreditável que nem uma lição de vida eu fui. Eu sei que com você aprendi a maior das lições; aquela que contradiz tudo o que eu já havia lido em romances e historias com o final feliz. Aprendi que o amor não supera tudo, o amor não vence tudo. Mentira, o amor não vence nada e não significada nada se não houver coragem. E o amor não significa nada quando você finge que não aconteceu, queima a historia e a transforma em nada. 

    A última carta

    10 de mar. de 2011
    Essa foi a última carta que eu lhe escrevi, exatamente como era, e eu não pude lhe entregar. Essa não poderá ser rasgada ou queimada, mas, assim como as outras, espero que você a guarde em seu coração. 


    Eu te odeio com todas as minhas forças, sabia? Odeio como você faz com que eu trema todas as vezes que chega uma mensagem sua. Odeio como você me pede pra entrar no msn como se fosse algo urgente, odeio seu sotaque que me deixa completamente boba. Odeio suas risadas, suas gargalhadas e como eu consigo ver se você está sorrindo quando falamos ao telefone. Odeio quando você diz que sente minha falta. Odeio absurdamente quando você diz que quando a gente se ver, vamos fazer algo. Odeio como meu coração bate mais forte só de imaginar nós duas ocupando o mesmo metro quadrado. Odeio saber que você vai ser a próxima pessoa a encostar neste papel, e eu não poderei ver você fazendo isso. Odeio saber que você ficou feliz, aflita e angustiada ao receber essa carta. Odeio saber que seu coração disparou ao ver minha letra escrita no envelope. Odeio me lembrar que sua mãe viu antes de você esse envelope, e odeio lembrar que eu ainda acho que ela não gosta de mim. Odeio você ter revirado os olhos ao ver que eu disse que sua mãe não gosta de mim. Odeio saber que você vai guardar esse papel junto com mil outras cartas de ex namoradas. Odeio saber que você vai reler as outras cartas que eu já te escrevi, vai olhar pra nossa aliança, vai pensar em tudo que passamos, e vai deduzir que mesmo que eu tenha mudado muito, continuo a mesma boba apaixonada de sempre. Odeio saber que você vai sorrir quando lembrar-se da minha gargalhada histérica e como você me mandava rir mais baixo. Odeio entender que você precisa de carinho, proteção e alguém que diga que te entende e te aceita exatamente como você é. Odeio compreender o quanto você é frágil, delicada e sutil, por baixo de todas essas camadas de garota mal encarada. Odeio Estar temendo enquanto escrevo isso, e, portanto, minha letra estar uma merda. Odeio saber que você riu com a última frase. Odeio seu abraço, seu cheiro, seu beijo e seu toque, que me deixaram desorientada e ainda queimam em minha pele. Odeio o modo como você me chama de boba, e como sua voz parece de uma criança de 5 anos quando diz isso. Odeio a forma como você trata suas sobrinhas, e como você é doce com elas, me fazendo imaginar como você seria com nossos filhos. Odeio ter sonhado junto com você como seriam nossa casa e nossos filhos. Odeio a forma que meus olhos encheram de lágrimas ao lembrar-me disso, e o aperto no coração que eu e você sentimos agora. Odeio ter escrito na folha do pequeno príncipe só pra te agradar, e de caneta, porque sei que você não gosta que escrevam à lápis. Odeio a forma como sonho com você todos os dias e o medo que tenho de te perder pra sempre. Odeio estar certa de ir praí mesmo que seja só pra te ver de longe, tendo apenas a certeza de que você é real, e não só um sonho. Odeio estar de passagens compradas e o coração na mão. Odeio a forma como você muda de idéia a cada segundo, mesmo sabendo que no seu coração a idéia ainda é a mesma. Odeio as vezes sentir como se parasse no tempo, e nada mais fizesse sentido, só porque não falei com você. Odeio a forma como você me cativou, mesmo que você tenha cativado tantas outras, sem saber que eu te cativei também. Odeio quando ouço você chorar, sem poder acolher sua cabeça no meu peito e secar todas as suas lágrimas, mesmo que tivesse que fazer piadas toscas e falar coisas idiotas. Odeio como você me entende do começo ao fim e odeio não conseguir compreender tanto você, apesar de sentir tudo que você sente, e parecer que meu coração bate no mesmo compasso que o meu. Odeio como isso pareceu clichê e copiado de qualquer lugar. Odeio estar escrevendo uma carta pra você. Odeio como minha letra está feia e odeio saber que vou colar o adesivo do ‘tu se torna eternamente responsável por aquilo que cativas’ e nunca mais vou vê-lo na vida, apesar de colecionar todos os meus adesivos de caderno desde a quarta série. Odeio ter escrito isso e odeio você estar rindo disso agora. Odeio contar pra você todos os meus segredos, e odeio como você consegue transmitir paz pra mim com apenas um olhar. Odeio correr o risco de essa carta chegar aí exatamente num dia em que a bruna esteja na sua casa, e odeio a hipótese de alguém, além de você, ler essa carta. Odeio ter passado mais de um ano da minha vida completamente apaixonada, e ter procurado inutilmente sentir com outras pessoas as mesmas sensações que senti com você. Odeio estar pensando que se um dia eu for famosa, essa carta e todas as outras vão parar na mídia e todos vão saber o quanto eu sou bobinha, apaixonada e retardada. Odeio saber que mais uma vez você está sorrindo. Odeio que o seu sorriso faça com que meu coração bata mais forte e faça meu estomago embrulhar. Eu odeio você, e eu odeio completa e infinitamente a forma como eu te amo.  Eu te amo e amo tudo que se relaciona a você. 

    ''Que você acredite que não me deve nada simplesmente porque os amores mais puros não entendem dívida, nem mágoa, nem arrependimento. Então, que não se arrependa. Da gente. Do que fomos. De tudo o que vivemos. Que você me guarde na memória, mais do que nas fotos. Que termine com a sensação de ter me degustado por completo, mas como quem sai da mesa antes da sobremesa: com a impressão que poderia ter se fartado um pouco mais. E que, até o último dia da sua vida, você espalhe delicadamente a nossa história, para poucos ouvintes, como se ela tivesse sido a mais bela história de amor da sua vida. E que uma parte de você acredite que ela foi, de fato, a mais bela história de amor da sua vida.''

    cleaning up the mess

    Vou arrancar meu coração e pedir pra você arrumar. Foi você quem fez essa bagunça. Se hoje dói tanto é porque ontem você abriu um espaço pra você aqui dentro. E hoje eu não consigo entender mais nada. Nada parece fazer sentido, sem você. A dor é estranha e inexplicável. Seria mais fácil escrever uma redação sobre a situação atual do país de Butão do que dizer o que eu sinto agora. Meu coração se encontra num estado deplorável: sujo, bagunçado, com pedaços quebrados, papeis rasgados, coisas jogadas e sentimentos flutuando por todo o seu interior. E foi você quem fez essa bagunça. Pois me faça o favor de arrumar, porque a culpa é sua. 

    Perder

    Olhar pra você foi como se o ultimo ano passasse em câmera lenta em minha mente: As noites de insônia, as crises de gastrite, a perda de apetite, o aumento de apetite, a bebida, a quantidade enorme de lagrimas que jorrava quase diariamente. As oportunidades perdidas, as pessoas desprezadas, a ironia, a tristeza, a amargura típica de quem já sofreu. E ter você ali, bem na minha frente, deixou bem claro que nada valeu a pena. Você era real, normal, talvez tão infeliz quanto eu. E eu estava ali, parada, depois de sonhar tanto com aquele momento, e eu mal consegui dizer tudo o que queria. Nunca mais vou te ver, e não consegui dizer tudo o que precisava.  Não descobri se seu beijo ainda era o melhor, e o toque em sua pele não foi o suficiente pra esquentar a minha. Não era nada carnal, juro. Mas ter você ali na minha frente não foi o suficiente. Não parecia a mesma pessoa. Não parecia quem eu conheci um ano e pouco atrás. Acho que essa pessoa morreu, sumiu e foi enterrada dentro de você. Ou talvez ela nunca tenha existido. Vai ver que sonhei tão alto que a queda foi maior que eu esperava. Talvez a dor tenha sido tão grande porque quem eu amava jamais existiu. 

    Adeus

    É estranho quando um ciclo tem de se encerrar. Principalmente quando é um capítulo que achamos que iria durar pra sempre. Eu achava que era um livro inteiro, essa parte da minha vida, e hoje eu tenho que aceitar que foi só um capítulo. É necessário por um ponto final, sem vírgulas dessa vez.  Um ‘até logo’ não é o suficiente em ocasiões como essa; e somente o ‘adeus’ pode por fim nisso. Quando se diz adeus, é como se estivesse despedindo-se de uma vida. Como se estivesse assumindo o dever de guardar numa caixinha trancada a sete chaves as emoções, as tristezas, as fotos, as cartas, as lembranças, a voz e tudo que pode fazer mal. Quando se diz adeus, é necessário que se diga adeus a tudo que pode afetar o futuro. É obrigatório que a despedida deixe o passado pra trás, e nada possa prejudicar quem você quer ser. Nem sempre desejamos dizer adeus. Às vezes é difícil encerrar um capitulo, porque você não quer que ele acabe. Mas acaba. Às vezes o gosto salgado das lágrimas molha tristemente todas as páginas da historia, mas de qualquer maneira acaba o capitulo. A história se encerra e é colocado um ponto final. Talvez, muito tempo depois, você possa abrir as sete chaves da sua caixinha e sorrir praquele passado que um dia pareceu um presente tão bonito.  

    like a fucking sad bird

    Já houve algum momento em sua vida em que você se sentiu tão perto de alguém, um alguém que parecia importante demais, incrível demais, intocável demais... e de repente estava ao seu lado? Quando isso acontece, essa pessoa parece dissolver entre seus dedos. Você tem medo de acordar e tudo não ter passado de um sonho. Ou teme que a pessoa seja uma miragem, um holograma que vai sumir com o menor contato.  E então você não a toca. Você mede todos os seus passos, você engole o choro, você esconde sentimentos, você respira fundo pra não gritar. Calmamente encosta a ponta de seus dedos naquela pessoa que está a sua frente. E vê que não passa de carne e osso. É alguém normal. Tem batimentos cardíacos assim como você. Não é diferente em nada. E você vê essa pessoa cometer o mesmo erro que você. Vê-la desperdiçar tanta vida em alguém me parece burrice. Parece-me a mesma coisa que fiz. Tenho vontade de sacudir seus ombros e dizer que é estupidez, que não adianta de nada, que a qualquer momento ela vai voar pra longe, e seu coração vai ficar partido, destruído, cansado. Assim como o meu. Não me encosto a você. Você poderia fugir. Eu não quero que você fuja. Queria passar meu tempo todo ali com você, só te olhando.  Não posso me segurar mais, toco em você. E como um passarinho assustado você voa. Voa para os braços de alguém que vai te ferir. Que não sabe segurar você com tanta delicadeza quanto eu. E eu nem tive tempo de te dizer o quanto queria que você ficasse. 

    Sonho

    7 de mar. de 2011
    Sonhar é bom. Sonhar com o toque da mão, a textura do beijo e o gosto da pele da outra pessoa é muito bom. Acreditar que vai se realizar é burrice. É a maior das idiotices se iludir de que seus sonhos vão se realizar. Posso diser com toda firmeza que eu sonhei. E sonhei alto. Sonhei com o máximo de força que pude, e acreditei piamente que tudo iria correr como nos meus sonhos, tudo iria dar certo e seriamos felizes pra sempre. Não, pra sempre não; seriamos felizes durante esses poucos dias. Nem isso se realizou. Minha felicidade durou pouco demais. Meus sonhos correram pela minha mente por tempo demais e corroeram minha sanidade. Pensar em você destrói minha lucidez e minha inteligência. 
    É nessas horas que a gente se pergunta: o que é que eu vim fazer aqui? - e meu coração responde: procurar a felicidade. E minha mente, frustrada, atordoada e amarga diz: quebrar a cara. 
    Tudo o que é bom dura pouco. Você durou muito pouco.

    Chuvas de março

    4 de mar. de 2011
    Sonho com esse dia a tanto tempo, e hoje, que você está mais perto de mim do que em qualquer dia do último ano, a unica coisa que eu consigo sentir é medo. Medo da sua reação quando me ver, medo da minha reação ao te ver, medo do seu toque não provocar mais aquela deliciosa sensação em minha pele, de você me ver como mais uma, ou só um objeto. Medo de me dar conta de que realmente sou louca, e que esse amor já evoluiu pra um estado irremediável. Medo da dor que vou sentir quando tiver que partir. Medo de perder o resto da lucidez que sobra em mim. Porque amor não combina com sanidade nem com nada que faça sentido. Mas amor combina com medo, e o meu maior medo é você. Tenho medo desse amor que sinto por você, porque nunca vi ninguém descrever um amor tão intenso. 
    Olhando pela janela dá pra ver a chuva, tem chovido muito; dizem que são chuvas de março. Essa chuva me remete ao meu interior, à minha alma: Chove muito, acontecem muitas tragédias, mas quando o sol volta a brilhar a gente se esquece de todos os tormentos. Espero que as chuvas de março passem junto com meu tormento, e quando eu estiver pertinho de você, só haja sol. 

    3 de mar. de 2011
    I know a girl
    She puts the color inside of my world
    But she's just like a maze
    Where all of the walls all continually change
    And I've done all I can
    To stand on the steps with my heart in my hands                                                                                             Now I'm starting to see
    Maybe it's got nothing to do with me...

    John Mayer - Daughters

    2 de mar. de 2011

    Eu já te disse hoje o quanto te amo?