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  • 30 de out. de 2010
    Então eu te disse que o que me doíam essas esperas, esses chamados que não vinham e quando vinham sempre e nunca traziam nem a palavra e às vezes nem a pessoa exata. E que eu me recriminava por estar sempre esperando que nada fosse como eu esperava, ainda que soubesse.

    Então,

    28 de out. de 2010
    de repente, sem pretender, respirou fundo e pensou que era bom viver. Mesmo que as partidas doessem, e que a cada dia fosse necessário adotar uma nova maneira de agir e de pensar, descobrindo-a inútil no dia seguinte - mesmo assim era bom viver. Não era fácil, nem agradável. Mas ainda assim era bom. Tinha quase certeza.


    To sofrendo de falta de criatividade, não tenho mais inspiração pra escrever aqui, sério. To completamente oca de inspiração; acho que só sei escrever quando tô triste, tipo MUITO triste. E eu estou orgulhosamente não triste, esses ultimos dias, portanto, estou chata e sem criatividade. Não vou ficar aqui postando coisas toscas e inúteis, mas só pra não deixar morrer aqui, vou continuar postando as frases do MEU lindo Caio Fernando, as que combinam com o meu humor! 
    Existe sempre alguma coisa ausente. 

    human being?

    26 de out. de 2010
    Hoje senti alguns impulsos tipo tesão, corpo físico. Às vezes é tão estranho ser uma pessoa. A gente é.

    Tão estranho me sentir viva mais uma vez, tão estranho ter toques carinhosos, beijos que não demonstram só o tesão do momento, incrível como consegui sorrir sinceramente, impressionante seu abraço ter me feito tão feliz. 
    Não sabia mais como era me sentir humana, me sentir viva, definitivamente não sabia o que era sentir adrenalina, correr perigo e estar gostando disso era algo que achei que não sentiria novamente. Ter uma conversa frente a frente com alguém, ver tantas afininidades e tantas coisas em comum com alguém que está perto de mim, com alguém que realmente há contato.
    Completamente novo pra mim, me sentir uma pessoa. 

    Me desafie.

    24 de out. de 2010

    Me tire do sério.Me tire do tédio.Vire meu mundo do avesso!Mas, pelo amor de DEUS, me faça sentir!

    Tenho sentido um desejo estranho, desejo de adrenalina. Desejo de brigas, de choro, ou desejo de qualquer coisa que fizesse disparar esse coração cada dia mais frio. Quero sangue correndo nas veias, pulsando forte, nada dessa viagem medíocre por entre minhas vísceras. Eu quero emoção, poxa. Quero gargalhadas escandalosas e choros que nos deixam desidratados. Quero abraços apertados e cheios de emoção, quero reencontros, quero desculpas, quero desabafar, quero desabar. Quero amar. 
    Merda, eu quero amar. É disso que estou precisando, é dessa adrenalina que sinto falta, do frio na barriga, da alegria por uma mísera mensagem, da tristeza quando desprezado. Quero sentir amor mais uma vez, mesmo achando que amor é um só, vou tentar, vou lutar, e eu vou, é, eu vou amar. 

    Quem souber me salve...

    Sobram tantos medos
    Que nem me protejo mais
    Sobra tanto espaço
    Dentro do abraço
    Falta tanta coisa pra dizer
    Que nunca consigo


    " Tudo a mesma merda. Pudesse abrir a cabeça, tirar tudo para fora, arrumar direitinho como quem arruma uma gaveta. Tomar um banho de chuveiro por dentro."

    Frente ao espelho,

    22 de out. de 2010
    é com recato que tranço meus nem tão longos cabelos, enquanto a ponta de meus dedos de unhas curtas, às vezes roídas, acaricia o roxo das olheiras, herança de solitárias insônias. 

    Insônia... é até estranho reclamar dessa insônia... é algo tão normal, que me acontece tanto, que nem vejo mais porque tocar no assunto, nem sei porque insisto nisso, acho que na doce esperança de que milagrosamente eu me deite na cama e durma sei lá, 12h seguidas. Doce ilusão, né? 
    Não é que eu não tenha sono, é que meus pensamentos não dão uma trégua, não me deixam descançar desse turbilhão de coisas, e aí não consigo dormir. E o pior é que nem quando durmo esses pensamentos saem de mim, nem aquele maldito filtro dos sonhos me ajuda a dormir em paz. Sonhos, pesadelos, sempre acordo cansada, as vezes até mais cansada do que quando me deitei. Tô quase indo me benzer, me exorcizar, comprar um tarja preta pra dormir, qualquer coisa que acabe com as olheiras.

    A vida não é apagável,

    21 de out. de 2010
    pensei. Nem volta atrás. Ainda não construíram a máquina do tempo. Ninguém virá em meu socorro. Faz tanto tempo que invento meus próprios dias. Preciso começar por algum ponto.

    É, colega. O tempo não volta, não dá pra mudar nada que passou... só o futuro. E esse eu decidi que vou mudar. Nada de ser a trouxa manipulada, nada de correr atrás das outras pessoas, nada de sofrer. Mamãe já dizia que ninguém merece minhas lágrimas, pois é, ninguém as verá. Não digo que quero fazer outra pessoa sofrer, só não sofrerei por mais ninguém. Não acho que mereço toda aquela dor mais uma vez, nem mereço permanecer nela. Passou. Fim. Move on, né?
    É tão engraçada essa sensação de desistência, porque não é ruim, sabe? Me sinto até orgulhosa de mim mesma, mais forte, mais madura. Quem sabe um dia eu conto todos aqueles meses tristes pros meus netos, com um sorriso nos lábios?
    20 de out. de 2010


    'Cause all of the stars
    Are fading away
    Just try not to worry
    You'll see them some day
    Just take what you need
    And be on your way
    And stop crying your heart out

    letter for my own heart...

    19 de out. de 2010
    Oi, coração. Como você tá se sentindo hoje? Não muito bem, né? Pois é, eu sei que é difícil, e eu sei que isso é pedir demais, mas queria um favor seu... dá pra parar de ser masoquista? Poxa, coração, ta tão difícil pra mim suportar, e você ainda fica aí, nessa onda de não querer parar de sentir, de não querer ser frio como minha mente já é. Sabe, acho que você poderia se esforçar mas pra esquecer, pra deixar pra lá. Cê sabe disso né? ‘you have to let it go’. Já deveria ter deixado partir a muito tempo, e você ainda fica aí tentando, lutando. Quando é que vai perceber que não vale de nada essa luta e que todos esses batimentos desperdiçados por você vão pro lixo? Sabe, coraçãozinho, seria tão mais fácil pra nós dois se você resolvesse cooperar comigo.... O que? Você não quer deixar de sentir? Não quer servir só pra pulsar, como antes? Ok, vamos fazer o seguinte, então... Você tenta esquecer, que eu luto pra me apaixonar... assim quando você deixar de amar ela, já vai ter um sentimento prontinho esperando por você! Combinados? Ah! Ótimo, que bom que conseguimos negociar, coração. 

    Se ao menos

    18 de out. de 2010
    dessa revolta, dessa angústia, saísse alguma coisa que prestasse... Mas não sai nada. Nada. Nem uma lágrima.

    Não aguento mais falar da minha apatia, mas acho que é a unica coisa que me vem a mente pra escrever, além do meu mau humor. As únicas caracteristicas minhas que se sobressaem nesses dias tem sido essas, e eu admito não estar me esforçando muito pra mudar isso, pra tornar as coisas diferentes. Mas poxa, é que não tem muita inspiração pra isso sabe? Não tem nada que me faça pensar 'ah, agora vale a pena me esforçar pra demonstrar interesse', porque nada vale a pena, chego a pensar que nem eu mesma valho a pena, porque nem por mim mesma eu consigo me interessar, pela minha saúde, pelos meus estudos, por nada. 



    ‘Não, Você Não Sabe, Você Não Sabe Como Tentei Me Interessar Pelo Desinteressantíssimo’

    Tem dor que vira companhia.

    17 de out. de 2010
    Olhando de perto, faz tempo que deixou de doer, só tem fama, mas a gente não solta. Quem sabe, pelo receio de não saber o que fazer com o espaço, às vezes grande, que ficará desocupado se ela sair de cena. Vazio é também terreno fértil para novos florescimentos, mas costuma causar um medo inacreditável.

    Quando, finalmente, criou coragem e deixou de dar casa, comida e roupa lavada para a tal dor, ela desapareceu.



    Ana Jácomo

    Veja bem meu bem

    16 de out. de 2010
    (...)E eu nunca vou
    Te esquecer amor
    Mas a solidão
    Deixa o coração
    Nesse leva e traz

    Arranjei alguém chamado saudade...

    Ando meio fatigado

    de procuras inúteis e sedes afetivas insaciáveis. 

    Nada consegue prender minha atenção, nada me faz sentir viva. Que merda, sinto como se não existisse sabe? Quase um peso morto, só pra fazer volume nesse planeta miserável. Desnecessário. Porque pense comigo, pra que serve uma merda de uma garota que não sente, que não ama, que não sofre, que não tem carinho, que não trabalha (porque se trabalhasse pelo menos teria uma função) e não faz porra nenhuma nesse mundinho? Exato, não serve pra N  A D A. Completamente inútil. E não é por falta de tentar, você sabe! Eu tento, todos sabem que eu tento: eu saio, brinco, abraço, beijo, sinto cheiros de outras pessoas, ouço e conto historias, e nada disso me satisfaz. Preciso achar logo uma distração, ou alguém que prenda minha atenção, ou vou enlouquecer de vez. 

    O que hoje é drama,

    15 de out. de 2010
    sempre, amanhã estará quieto na memória.

    Tenho a esperança de que todas as desgraças que nos acontecem se transformam em aprendizado, simples e belo aprendizado. Desejo firmemente que cada lágrima, cada pequeno cristal de tristeza, medo, raiva, rancor e decepção se tornem camadas de sabedoria, de paciência e de amor, uma fortaleza de amor pra cada um que já sofreu, que tal? Talvez assim seja mais fácil suportar todas as dores e mágoas, talvez assim a gente seja cada dia mais maduro, e talvez um dia ninguém precise magoar e ferir pra aprender as coisas. 

    Uma das coisas que aprendi

    13 de out. de 2010
    é que se deve viver apesar de. Apesar de, se deve comer. Apesar de, se deve amar. Inclusive muitas vezes é o próprio apesar de que nos empurra para a frente.

    Tomara que apesar dos apesares todos, a gente continue tendo valentia suficiente para não abrir mão de se sentir feliz.


    c.f.a

    Reparei

     que fazia um dia bonito la fora e pensei em como seria bom fazer uma força pra ser feliz de novo. (c.f.a)


    Mesmo que o dia não fosse tão bonito assim, mesmo que o sol não brilhasse tanto assim, percebi que vale a pena lutar pra ser feliz, que vale a pena abrir a mente e o coração pra coisas novas, e mais, percebi que eu valho a pena. Que eu sou capaz de ser feliz por mim mesma, que eu tenho força o suficiente pra viver, e não sobreviver!

    (me sinto fazendo um blog de auto-ajuda)

    Tente.

    12 de out. de 2010
    Sei lá, tem sempre um pôr-do-sol esperando para ser visto, uma árvore, um pássaro, um rio, uma nuvem. Pelo menos sorria, procure sentir amor. Imagine. Invente. Sonhe. Voe. Se a realidade te alimenta com merda, meu irmão, a mente pode te alimentar com flores. Eu não estou fazendo nada de errado. Só estou tentando deixar as coisas um pouco mais bonitas. (c.f.a)

    Você não grita nem acorda.

    Não há terror, mesmo sendo aterrorizante: é assim que é. E pior ainda, não se trata de um sonho. Começa a amanhecer. Ou a anoitecer. Ninguém sabe quando passa o trem. Nem para onde vai. E não se leva nada. Isso é tudo que sabemos (c.f.a)

    Passei a noite aconrdada hoje, pensando. Nem fui acometida pela minha insônia, eu acho. Só não queria dormir para não perder a linha de raciocinio. Eu pensava na felicidade, na alegria. Em como eu desejava ser feliz, em como eu estava me esforçando pra ser feliz. E sabe o que eu percebi? Que eu posso ser feliz sim, com ou sem você. Que só basta tentar, só basta me esforçar, e o mais importante: amar mais a mim mesma que a qualquer outra pessoa. Sei que soa bem clichê dizer isso, mas poxa, é verdade. Se eu não me amar, não me sentir a melhor pessoa do mundo, não conseguirei convencer a ninguém disso, e aí continuarei dependendo daquele antigo amor que nem sei se ainda existe, e daquele passado que a cada dia fica mais difícil de acreditar que realmente aconteceu. Não quero isso pra mim, não posso e não vou depender de ajuda externa pra ser feliz, não posso precisar da ajuda de remédios ou pessoas pra pôr um sorriso nos lábios, cada um tem que aprender a ser feliz por si mesmo!

    Um passo para a frente e cem para trás.

    11 de out. de 2010
    Um frio percorre minha espinha, minha visão fica embaçada, um nó na garganta me impede de pronunciar as palavras que gostaria. Não posso segurar as lagrimas , o fogo que permanecia acesso no meu coração mesmo depois de tantas tentativas de apaga-lo, finalmente cessou, acabou, só existe a brasa. As migalhas de uma relação a tanto despedaçada. O medo está presente em cada poro. Medo de não sentir nunca mais; medo de não recuperar a tal alegria que tanto dizem que eu preciso. Anestesiada. Senti tanta dor que não posso sentir mais nada, não posso me lembrar da ultima vez que estive realmente feliz, perdi. Desisti. Acabou. (escrito em 06/08/2010)

    Seu maior medo

    era o destemor que sentia. Íntegro, sem mágoas nem carências ou expectativas. Inteiro, sem memórias nem fantasias. Mesmo o não-medo sequer sentia, pois não-dar-certo era o natural das coisas serem, imodificáveis, irredutíveis a qualquer tipo de esforço.(c.f.a)

    Algo estranho tá acontecendo comigo. Não estou triste, mas também não sinto a menor alegria. Não tenho medo, mas me falta coragem. Parece que enfiaram a mão no meu coração e retiraram qualquer tipo de emoção, sentimento. Não sei mais sentir... Acho que nem aquele antigo amor eu sinto mais, e estou completamente desesperada, sério. Alimentei esse amor por tanto tempo, só pelo medo de nunca mais amar, e agora já não amo, e não sei se posso fazer isso de novo, amar alguém. Depois de tanto sofrimento que passei, não sei se meu coração aceitaria entrar numa 'fria' dessas de novo. Nem a maior garantia de que não vou sofrer conseguiria mudar minha mente, porque eu já tive essa garantia, e sofri. Realmente sofri, como nunca havia sofrido antes, e como achei que nunca seria capaz de suportar. E olha, eu sobrevivi! Tô aqui, não to? To viva, saudável, quase sorridente, e sem nenhum maldito sentimento. Sem nem um pingo de emoção. Meu coração voltou a servir apenas praquilo que foi designado a fazer desde o principio: Transportar sangue. Bater. E eu pressinto que essa vai ser a única função dele, de hoje em diante
    I can't take my mind off you
    I can't take my mind...
    My mind... my mind...
    Until I find somebody new



    I can't take my eyes of you...

    (...)

    10 de out. de 2010
    que outubro venha com bons ventos, que me traga sorte e amor, que não me deixe sofrer, por favor.

    Só por um mês, faça tudo dar certo, depois veremos o que vamos fazer em novembro. (Caio F.)

    Todo mês pedir por algo melhor, agosto foi o do desgosto, tudo deu errado. Setembro poderia ter sido melhor, definitivamente. Que outubro consiga superar minhas expectativas, que eu consiga ser feliz, que eu consiga amar, que eu consiga sorrir, que eu consiga me apaixonar, e o mais importante, que eu consiga viver. Não é tão difícil quanto parece, eu acho. É só viver. Como é bom sentir o sangue correndo pelas veias e aquele fogo queimando dentro de mim novamente. Ah! Acho que eu posso voltar a viver!
    9 de out. de 2010
    Toda noite eu peço para parar de sonhar com você; em vão, claro. É quase como pedir pra parar de respirar...

    Foi a ultima paixão.

    Paixão é o que dá sentido à vida. E foi a última. Tenho certeza absoluta disso.Agora me tornarei uma pessoa daquelas que se cuidam para não se envolver. Já tenho um passado, tenho tanta história. Meu coração está ardido de meias-solas. Sei um pouco das coisas? Acho que sim. Tive tanta taquicardia hoje. Estou por aí, agora. Penso nele, sim, penso nele. Mas não vou ceder. Certo, certo: ninguém tem obrigação de satisfazer ao teu desejo, pela simples razão de que você supõe que teu desejo seja absoluto. Foda-se seu desejo, ora. Me dói não ter podido mostrar minha face. Me dói ter passado tanto tempo atento a ele — quando ele nunca ficou atento a mim. E eu passei tanta coisa dura. (c.f.a)




    É isso mesmo, desisti. Já era hora, né? Desisti de você, desisti de tentar, desisti de sofrer. Não quero mais nada disso. Agora é hora de viver, por mais difícil que isso seja. É hora de praticar o desapego, mais uma vez. 
    Por mais que eu ache que doa mais não querer você do que continuar alimentando meus sonhos e esperanças, essa é a decisão mais sábia que eu posso tomar: Não insistir mais. Uma hora meu coração cansa de sofrer e para com essa besteira de te amar... eu espero! 
    8 de out. de 2010
    Someone told me long ago
    There's a calm before the storm
    I know, it's been comin' for some time

    When it's over, so they say
    It will rain a sunny day
    I know, shinin' down like water

    I want to know, have you ever seen the rain?

    Estou me repetindo,

    6 de out. de 2010


    dizendo mil vezes a mesma coisa. No fundo, há só uma verdade: me sinto só. Talvez seja essa a causa dos meus males. Ou será o desconhecimento do que sou, como escrevi ontem? O que sei é que as coisas que preocupam podem ser resumidas em poucas palavras: Deus, solidão. E no fundo, o que existe sou eu. Como um grande ponto de interrogação sem resposta. (c.f.a)

    Não há resposta pras minhas perguntas. Desisti de procurá-las. Não existe pessoa alguma que preencha esse vazio que insiste em permanecer dentro de mim, não há ninguém que me faça feliz. E eu simplesmente não consigo parar de repetir essa mesma coisa. E já não suporto mais ser tão repetitiva assim, tão cansativa. Não agüento mais dizer sempre a mesma coisa, dando a impressão de que sou digna de pena, ou de que peço para que alguém se sinta triste por mim. Não quero, poxa, eu só queria ser feliz! Não achei que fosse difícil assim, ser feliz, depois que eu começasse a tentar. Eu tento ser feliz, realmente tento, mas minhas forças se esgotam com muita facilidade, minha bateria parece a de um celular velho e viciado, que o carregador sumiu, e aí a gente precisa desligar ele pra carregar sozinho, e é esse o problema: não carrega mais. Já não tem aquela reserva de carga, não tem nem um pingo de energia dentro de mim, e tudo o que eu queria era dormir, recarregar minhas forças e minhas alegrias. E aí vem mais uma pergunta: e se eu não estiver tentando tanto quanto preciso? Vai ver que é isso, que eu não to me entregando o suficiente, não to procurando o suficiente. Mas é que dizem que eu nao devo procurar, que quem procura não acha. Pois então, não quero procurar, pois quanto mais eu procuro alegrias, mais me afundo em solidão e tristeza. 
    "A gente tem que ser amigo da nossa solidão", e aí, quem sabe, a gente pare de se sentir sozinho. 

    Fim de tarde.

    5 de out. de 2010
    Dia banal, terça, quarta-feira. Eu estava me sentindo muito triste. Você pode dizer que isso tem sido freqüente demais, ou até um pouco (ou muito) chato. Mas, que se há de fazer, se eu estava mesmo muito triste? Tristeza-garoa, fininha, cortante, persistente, com alguns relâmpagos de catástrofe futura. (Caio Fernando Abreu)



    Todo dia parece igual, mesmo que a rotina seja diferente, todos os dias são exatamente iguais. Mesmos sorrisos, mesmas brincadeiras, mesmos abraços cheios de falsidade, mesma cara amassada, mesmo sono durante o dia todo, mesmo desanimo, mesmo aperto no coração, mesma vontade de me trancar no quarto e só sair quando inundasse o mundo. Sei que parecem faltar motivos pra essa tristeza toda, sei que parece drama, mas não é. De verdade, tudo o que eu queria era acordar com vontade um dia de manha, conseguir sorrir até pros passarinhos e dar bom dia a todos na rua, mas não dá. Acho que nunca mais serei assim, infelizmente.

    E recomeçar é doloroso.

    4 de out. de 2010
    Faz-se necessário investigar novas verdades, adequar novos valores e conceitos. Não cabe reconstruir duas vezes a mesma vida numa só existência. É por isso que me esquivo e deslizo por entre as chamas do pequeno fogo, porque elas queimam - e queimar também destrói. (c.f.a)

    Não quero mais tentar recomeçar porra nenhuma, não quero mais lutar, não quero mais nada. Só queria poder dormir um pouco. Só um pouquinho, por favor. Dormir ser sonhos, sem pesadelos, sem acordar chorando no meio da noite, sem despertar sorrindo por um sonho por que não passa de sonho. Não suporto mais tentar, não suporto mais fingir essa merda de felicidade. Que droga, não quero mais essa vida de insensível. As pessoas se afastam de mim, porque não consigo demonstrar nada, sou quase um robô, sem sentimentos, sem reações, sem tristezas, sem alegrias. N A D A.
    Acho que me tornei um ser frio, frígido. Alguém que não sente nada, nem quer sentir. Não nego que essa situação me agrada as vezes, quando a ferida ameaça doer, eu visto minha armadura e volto a não sentir nada, é melhor assim. Eu tinha medo de ser assim, indiferente, tinha medo de não conseguir sentir nada mais, mas já que aconteceu, paciência né? Nem quero tentar voltar a sentir, porque as dores costumam ser mais fortes que as alegrias.

    Só preciso de alguns abraços queridos, a companhia suave, bate-papos que me façam sorrir, algum nível de embriaguez e a sincronicidade.

    .

    3 de out. de 2010
    Já não sei dizer se ainda sei sentir
    O meu coração já não me pertence
    Já não quer mais me obedecer
    Parece agora estar tão cansado quanto eu
    Até pensei que era mais por não saber
    Que ainda sou capaz de acreditar
    Me sinto tão só
    E dizem que a solidão até que me cai bem
    Às vezes faço planos
    Às vezes quero ir
    Pra algum país distante
    Voltar a ser feliz

    Enquanto ouvi no rádio

    2 de out. de 2010
    uma música que parecia conhecida. Dizia qualquer coisa como "a realidade não importa, o que importa é a ilusão", no que eu concordava plenamente. Pelo menos nos últimos meses, não me acontecera nada além de fantasia (c.f.a)

    É. Nos últimos meses minha vida não passa de mera ilusão. Sinto-me ligada no piloto automático. Nada que eu faço me faz feliz por completo, ninguém me faz feliz por completo, maldição, eu não sou feliz. Tudo o que eu queria era dar uma gargalhada sem motivo como fazia antes, sorrir como boba de repente. Fiquei triste ontem. Pensei em você, no que você deveria estar fazendo àquela hora, e me pareceu bem obvio que você certamente estava num lugar mais feliz, com um sorriso mais feliz e com pessoas que te fazem feliz. Só eu continuo infeliz. E é por isso que eu vivo de ilusão. Você é meu único motivo pra sorrir, sabia? Só você  me faz feliz. Aliás, nem é você mais. São as lembranças de tempos passados. Tempos em que eu dormia pelo menos umas 6h por dia, que eu não tinha olheiras tão marcadas e olhos tão fundos. Tempos que eu não ficava de mau humor sem motivo, tempos em que eu sentia o metal frio no meu dedo anular, e aquilo me fazia sentir mais perto de você.  Tempos em que eu ainda sentia o calor dos seus lábios nos meus, e o toque dos seus dedos na minha pele. E são essas lembranças, essas malditas ilusões que me fazem sorrir. A realidade não é feliz, sabe? Na verdade, a realidade é uma merda. Dá vontade de sair no meio da rua e gritar pra alguém me atropelar, pra me darem um tiro... Ou pra me levarem pra perto de você. Qualquer coisa que me tirasse do piloto automático.