23 de jan. de 2011
Vou postar aqui o primeiro capítulo de uma história que eu escrevo, só pra ver se alguém diz o que acha, e assim, quem sabe, me volta a inspiração de escrever.
Reencontro
“Não era a minha amada, era quase uma estranha.”
Já fazia muito tempo, 4 anos desde a ultima vez que a vi. Minha primeira namorada, meu primeiro amor, minha primeira. Stephanie havia ido embora sem se despedir, disse que voltaria logo; esperei que ela voltasse, por muito tempo...
Agora, tantos anos depois, me pede para encontra-la “no mesmo lugar” . Me pergunto se deveria, afinal, ela me fez sofrer muito, mais do que qualquer um deveria sofrer. Eu cheguei a acreditar que ela havia morrido. Quase a esqueci, admito.
Agora tenho minha casa, meu trabalho... e minha nova namorada. Alguém que me ama, me admira, e não me faz sofrer. Alguém que está em nossa casa, enquanto eu estou nesse carro, no estacionamento frio e vazio, esperando pela minha primeira.
Ela chegou. Está mais linda do que nunca, os cabelos curtos nem tocam os ombros, a blusa social branca, a calça jeans larga... Mas tem algo errado... O sorriso. Não é o meu sorriso; aquele que conseguia melhorar meu humor a qualquer momento. Não era a minha amada, era quase uma estranha.
Ela entra no carro, quase não me lembro de soltar a marcha. Dirijo até o Plaza; nós iríamos jantar no restaurante do hotel e depois subir até o quarto 1600. Eu sentia os olhos dela em mim, no meu rosto, nos meus peitos, minhas pernas... Não iria tirar os olhos da estrada, sabia que estava suando frio, sabia que minhas mãos tremiam. Ela olha pra minha mão direita.
- Como ela é? – ela perguntou
- Linda, tão bonita quanto você.
- Você a ama?
- Sim. – Ela tenta me fazer encará-la, mas desvio o olhar.
Silencio.