Enquanto ouvi no rádio
2 de out. de 2010
uma música que parecia conhecida. Dizia qualquer coisa como "a realidade não importa, o que importa é a ilusão", no que eu concordava plenamente. Pelo menos nos últimos meses, não me acontecera nada além de fantasia (c.f.a)
É. Nos últimos meses minha vida não passa de mera ilusão. Sinto-me ligada no piloto automático. Nada que eu faço me faz feliz por completo, ninguém me faz feliz por completo, maldição, eu não sou feliz. Tudo o que eu queria era dar uma gargalhada sem motivo como fazia antes, sorrir como boba de repente. Fiquei triste ontem. Pensei em você, no que você deveria estar fazendo àquela hora, e me pareceu bem obvio que você certamente estava num lugar mais feliz, com um sorriso mais feliz e com pessoas que te fazem feliz. Só eu continuo infeliz. E é por isso que eu vivo de ilusão. Você é meu único motivo pra sorrir, sabia? Só você me faz feliz. Aliás, nem é você mais. São as lembranças de tempos passados. Tempos em que eu dormia pelo menos umas 6h por dia, que eu não tinha olheiras tão marcadas e olhos tão fundos. Tempos que eu não ficava de mau humor sem motivo, tempos em que eu sentia o metal frio no meu dedo anular, e aquilo me fazia sentir mais perto de você. Tempos em que eu ainda sentia o calor dos seus lábios nos meus, e o toque dos seus dedos na minha pele. E são essas lembranças, essas malditas ilusões que me fazem sorrir. A realidade não é feliz, sabe? Na verdade, a realidade é uma merda. Dá vontade de sair no meio da rua e gritar pra alguém me atropelar, pra me darem um tiro... Ou pra me levarem pra perto de você. Qualquer coisa que me tirasse do piloto automático.
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